Na concepção de
Vygotsky, educador russo, todo ser humano se constitui um “SER” pelas relações
que estabelece com os outros seres humanos.
E, talvez, o maior
desafio no relacionamento com o outro não seja a compreensão do outro, mas a
compreensão de si mesmo.
Para Durkheim, um dos
maiores pensadores da sociologia, o homem é humano porque vive em sociedade e,
para adquirir essa humanidade, é indispensável superar-se, dominar as próprias
paixões, considerar outros interesses que não os próprios.
Quanto mais sabemos
sobre o comportamento alheio, melhor compreendemos a nós mesmos. (Skinner)
Por que ?
Vemos o mundo como
está o nosso estado emocional e não como realmente ele é.
Vemos no outro aquilo
que está nos incomodando.
No trato com o outro,
precisamos, ao mesmo tempo, ter a noção de que lidamos com alguém diferente de
nós, com uma história de vida diferente da nossa, com expectativas diferentes
das nossas, mas que também, sente como nós, ama como nós e tem sonhos como nós.
O ser humano tem um
mundo interior tão rico em representação simbólica, que o que determina a forma
dele agir e interagir diante do mundo externo é a forma como ele interpreta
esse mundo externo, balizado pelas suas representações interiores.
Na interpretação da
sua interação com o mundo exterior, e da sua relação com o outro, o ser humano
se depara com um outro SER ao mesmo tempo tão igual e tão diferente dele mesmo,
precisando aprender a lidar com todo o conflito gerado pelas identificações que
faz com esse outro e pelos sentimentos escondidos nos recantos mais sombrios da
alma, e que são despertados nessa relação com o outro.
Podemos consolidar ou
potenciar a nossa inteligência emocional se formos capazes de:
Reconhecer as emoções
das outras pessoas.
Colocarmo-nos no
lugar das outras pessoas para identificar e entender os seus desejos e
sentimentos, com o objetivo de responder ou reagir adequadamente e na base do
interesse mútuo.
Mais do que servirem
para destacar as diferenças entre cada ser e a impossibilidade de se tornarem
seres iguais, e assim incapazes de conviverem, os conflitos gerados na relação
com o outro podem, e devem, ser aproveitados como ferramentas de transformação
e como oportunidades de auto-conhecimento e crescimento pessoal.
Para que os conflitos
se convertam em ferramentas de transformação, algumas palavras precisam ser
incluídas de forma sublinhada e negritada em nosso vocabulário, entre elas:
a tolerância;
a flexibilidade;
o perdão;
a aceitação do outro
como um ser imperfeito, aliais, reconhecer que também não somos perfeitos;
aprender a enxergar
verdadeiramente o Outro, e não apenas o que nos incomoda no outro;
enxergar além das
divergências;
aprender que, na
maioria das vezes, as pessoas erram na tentativa de acertarem;
aprender a Escutar o
outro;
aprender que podemos
discordar das opiniões sem precisar discordar das pessoas, e que também,
podemos aceitar a opinião do outro, sem a necessidade de nos sentirmos
diminuídos por isso;
aprender que nem
sempre é necessário encontrar um culpado;
aprender que só
podemos mudar o outro buscando primeiro a nossa mudança.
A competência emocional de um
indivíduo reflete diretamente na qualidade de suas relações interpessoais e no
desempenho de suas funções laborais.
Baixe o áudio desse programa, que foi ao ar no dia 22.11.2012.Parte 1
Baixe o áudio desse programa, que foi ao ar no dia 22.11.2012.Parte 2
Escute o programa - Parte 1